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SUCESSO A HORA DO BOI, MONÓLOGO VANDRÉ SILVEIRA

“Eu quero viver! Eu quero continuar vivo e ver o sol nascer... Eu quero… Sou um boi muito apegado à vida! Eu tenho um nome porque o homem me deu um nome… Mas tenho uma vida porque Deus me deu uma vida! Igualzinho… Igualzinho ao homem…”, Boi Chico

Montagem idealizada pelo ator Vandré Silveira, A Hora do Boi, retorna dia 27 de abril, 5ªf, às 20h30, para nova temporada de três semanas no Espaço Cultural Municipal Sergio Porto, com sessões de 5ªf a domingo, até 14 de maio. Sucesso de crítica e público em sua estreia no dia 6 de janeiro de 2023 (até 26 de fevereiro no Teatro Poeirinha), monólogo que reflete sobre todos os seres vivos serem igualmente importantes, com empatia e afeto, tem direção de André Paes Leme para texto de Daniela Pereira de Carvalho.

Ainda em abril, Vandré também estará na trama das 19 horas da Globo, Vai na fé, de Rosane Svartman. Chega como Antônio, um “rolo” antigo de Bruna (Carla Cristina Cardoso) que trabalha no laboratório e e vai movimentar a novela para o resultado do teste de paternidades de Jenifer

“Estamos plantando uma sementinha de amor quando percebo que as pessoas se emocionam com o espetáculo. Acredito neste diálogo com a humanidade, precisamos falar sobre empatia entre as pessoas, pela natureza, pelos serem que habitam este universo. Em tempos tão rudes, é urgente ir de encontro ao afeto.” Vandré Silveira

A Hora do Boi narra a história de Seu Francisco, um tratador e capataz de matadouro que se encontra numa encruzilhada ao criar grande relação de amizade e afeto com Chico, boi nascido e criado sob seus cuidados que, um dia, deverá ser abatido. “Mas uma história real, a fuga de um boi na Bahia, foi determinante para narrativa do espetáculo A Hora do Boi”, declara a autora (aspa completa da autora e do diretor, abaixo).

“A temporada de estreia do espetáculo A Hora do Boi confirmou aquilo que ao longo do processo a minha intuição já dizia: tínhamos uma pequena pérola nos palcos. A sensível e intensa atuação do ator Vandré Silveira conduz a plateia para uma  experiência afetiva que provoca uma delicada emoção. Quando damos por nós já estamos envolvidos e torcendo por um amor imprevisível. A Hora do Boi renova a minha confiança na pureza do amor.” André Paes Leme

“Precisamos ampliar o entendimento de que todos os seres vivos são igualmente importantes, buscar esse diálogo entre os homens”, reflete Vandré, que foi buscar os escritos e histórias de São Francisco de Assis sobre a natureza dos seres vivos para dar sentido ao espetáculo. Para o homem Francisco, nascido em Assis, na Itália, nos idos do Século XII, ninguém é suficientemente perfeito que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente destituído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão. Francisco enxergava todos os seres vivos como igualmente importantes e tinha profunda relação com a natureza e os animais.

Seguindo com este ensinamento, a trama apresenta dois personagens: Seu Francisco e Chico, que estabelecem uma ligação afetiva de profunda empatia e amizade, sentimentos que põem em cheque toda a objetividade das funções de Seu Francisco, como um matador de bois. Apegado ao boi, Seu Francisco, apavorado, vê se aproximar a hora do abate de Chico – única criatura, em todo o mundo, com a qual estabeleceu um vínculo. Seu Francisco nunca deixou de cumprir ordens. Manso e submisso, abateu centenas e centenas de cabeças de gado a mando dos patrões – sem sentir nada, nem refletir sobre seus atos. A amizade com Chico, entretanto, mudou sua vida. É alguém com significado. Ao seu lado, o boi Chico vive a agonia do condenado, injustamente, no corredor da morte, com a peculiaridade de amar o próprio algoz e depositar, nesse laço de afeto, todas as suas esperanças de salvação.

Com equipe de reconhecidos profissionais, alguns que já atuaram no premiado Farnese de Saudade, montagem com Vandré Silveira, sucesso de crítica e público, A Hora do Boi tem Direção de Movimento assinada por Toni Rodrigues e Paula Aguas; Cenografia e Figurinos de Carlos Alberto Nunes; Iluminação de Renato Machado e Anderson Ratto; Trilha Sonora por Lucas de Paiva; e Preparação Vocal de Claudia Elizeu (abaixo, ficha técnica completa). Sob a Direção de Produção de Caio Bucker, o espetáculo cumpre temporada de três semanas no Sergio Porto até 14 de maio.

ASPA SOBRE A ESTREIA POR ANDRÉ PAES LEME:

“A Hora do Boi é um espetáculo sobre o afeto. Um afeto que começa na busca artística de Vandré Silveira, um ator inquieto e determinado que, com uma entrega absoluta, irradia boas vibrações para toda a equipe. Vandré mergulha com exemplar intensidade na pesquisa corporal para dar existência ao boi Chico, que na rica linguagem teatral, é um poeta de sensibilidade aguçada e com o coração cheio de amor. Quem dera fossem todos os humanos assim.  Mas o desafio de Vandré é também no mesmo corpo, e algumas vezes ao mesmo tempo, fazer ser visto na pele de um homem rude, solitário, que só amou uma vez. O destino fez com que seu Francisco amasse Chico, o  boi que salvou no nascimento e que agora, por força da profissão, terá que matar. Um conflito inusitado que no palco faz explodir a arte da atuação e que guarda um final surpreendente”.

ASPA SOBRE A ESTREIA POR DANIELA PEREIRA DE CARVALHO:

“Foi à convite de Vandré Silveira e Caio Bucker que escrevi “A HORA DO BOI”. Partindo de um argumento inicial, pensado por Vandré, que foi se transformando no curso da nossa fluente interlocução e resultou no texto inédito desta peça que estreará em janeiro de 2023, com direção de André Paes Leme.

Logo no início, quando iniciava os trabalhos de pesquisa, me deparei com uma notícia que determinou todo o desenvolvimento do texto:

“Na última quinta (29/112018) pela manhã, um boi foi visto no mar da praia de Stella Mares, em Salvador. As fortes ondas não o intimidaram, apesar das tentativas dos banhistas de direcioná-lo para a areia. O animal da raça Nelore escapou da feira de agronegócios Fenagro, que acontece no Parque de Exposições em Salvador, e ficou desaparecido durante cinco dias na cidade.”

Essa fuga real do boi, que estava aprisionado, para o mar foi uma imagem determinante na elaboração da narrativa.

A relação familiar de afeto entre o capataz, Francisco, e o boi, Chico – e todos os outros personagens que surgiram, imprimindo no texto, em alguma medida, problematizações para diversas relações de poder – entre o ser humano e outros seres vivos, entre patrão e empregado, entre pai e filha – é de onde partimos para pensar, em cena, a noção antropocêntrica, tão autoritária, que serve de parâmetro às civilizações há tantos séculos. Precisamos nos interrogar acerca dessa falsa superioridade, artificialmente imposta – muitas vezes, bastante violenta.

O amor fraterno entre um homem e um boi, tão próximos, semelhantes – a diferença entre espécies sendo irrelevante, porque apenas um no outro encontram afeto e cuidado em meio ao mundo árido, sangrento mesmo, que habitam – é algo que considero bastante bonito de trazer ao palco.

Foi muito bom também, no percurso da escrita, poder buscar referências como João Cabral de Mello Neto, que sempre foi um dos meus poetas preferidos”.

Projeto contemplado no edital FOCA: Programa de Fomento a Cultura Carioca.

SINOPSE:
História sobre empatia entre seres vivos, quando um homem sem afetos cria laços de amor com um boi. Tratador e capataz de matadouro que se encontra numa encruzilhada ao criar grande relação de amizade e afeto com o boi Chico, nascido por suas mãos e criado por ele como um filho.

FICHA TÉCNICA:
Texto: Daniela Pereira de Carvalho
Idealização e Atuação: Vandré Silveira
Direção: André Paes Leme
Direção de Movimento: Toni Rodrigues e Paula Aguas
Assistência de Direção: Toni Rodrigues
Cenografia e Figurinos: Carlos Alberto Nunes
Cenógrafa e Figurinista assistente: Arlete Rua
Confecção de figurino: Ateliê Bruta Flor
Iluminação: Renato Machado e Anderson Ratto
Trilha Sonora: Lucas de Paiva
Preparação Vocal: Claudia Elizeu
Design Gráfico: Raquel Alvarenga
Fotografias: Lorena Zschaber
Direção de Produção: Caio Bucker
Assistência de Produção e Operação de Som: Aline Monteiro
Voz em off: Claudio Gabriel
Gestão de Mídia e Marketing Cultural: Rodrigo Medeiros (R+Marketing)
Contadores: Cissa Freitas e Francisco Júnior
Assessoria de Imprensa: Passarim Comunicação | Silvana Espirito Santo e Juliana Feltz
Assessoria Jurídica: BMN Advogados
Realização: Bucker Produções Artísticas e Vandré Silveira
Foto de Lorena Zschaber

SERVIÇO:
“A Hora do Boi”, com Vandré Silveira
Estreia segunda temporada: 27 de abril de 2023 | 5ªf
Local: Espaço Cultural Municipal Sergio Porto
Temporada três semanas: até a 14 de maio |  5ªf a domingo
Dias 27, 28, 29, 30 de Abril | 04, 05, 06, 07 de Maio | 11, 12, 13, 14 de Maio
Horário: 5ªf, 6ªf e sábado às 20h30 | domingo às 19h30
Endereço: Rua Visconde Silva, s/n – Rua Humaitá, 163, Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2535-3846
Ingressos: R$40,00 (inteira) / R$20,00 (meia-entrada)
Vendas na Sympla e 1 horas antes na bilheteria do ECMSP
https://www.sympla.com.br/produtor/ahoradoboi
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 130 lugares
Projeto Contemplado pelo FOCA – @cultira_rio

Mais informações para a imprensa:
Passarim Comunicação www.passarimcomunicacao.comSilvana Cardoso do Espirito Santo | (21) 99249-0947 | silvana.cardoso@passarimcomunicacaoJuliana Feltz | (21) 97216-7851 | juliana.feltz@gmail.com