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MUITO ALÉM DAS ABOBRINHAS

Ela é de sabores fortes e prefere salgados pela manhã. Uma pasta de atum tá de bom tamanho. Costuma usar o batom mais vermelho que já vi na vida, tipo cara de boneca. É uma mulher grande. Gosta de guardar coisas e sempre diz: mas se eu precisar de um parafuso eu sei onde está, uma fita, eu tenho!
Sem críticas, é divertido pedir coisas e ela ter coisas, coisinhas e eteceteras. Mas o melhor é observar que neste contorno está uma pessoa que atende o outro, ajuda o outro. Se você tem uma chave de fenda na gaveta, como não vai ajudar na minha mudança, no conserto do São Francisco de madeira ou o meu Mac que deu uma desconfigurada? 

Designer das boas. Produtora de arte de uma sensibilidade absurda para o bom gosto. E, com tantos talentos para o bom gosto, claro que viajava com as listinhas de compras das amigas em um caderninho. Nos últimos tempos, fez as pazes com os desenhos, ou com a sua aptidão para lindos rabiscos. 

Um dia, uns dias, abrimos o escritório na praia, já que fomos demitidas da empresa onde trabalhávamos no mesmo dia. O que fazer se não rir da nossa própria cara, era o nosso mantra. Quando passei a mensagem sobre a lista de compras, ela ao menos perguntou o motivo e andou rapidamente, até comentei brevemente que era sobre um texto.  A moça de paladar apurado, que assumiu estar perto e cuidar dos pais  bem antes de ter motivos, está ao lado da mãe após a partida do seu pai, além de toda burocracia familiar, obvio. E naquela listinha de mercado e de farmácia da semana veio a moça que ganhou umas alterações, como um colesterol, umas vitaminas e um apego por tantos legumes e verduras que precisei fazer uma piada do tipo, saudável, hein? O que ela retrucou: “A gente tenta rs” 

Tempos e tempos se passaram, duas décadas exatas daquele ano de demissões no mercado da música carioca. Quantas praias, quantos choros,  até andamos mais idosinhas, mas ainda adoramos essa coleguisse de meninas. Minha amiga Pat (@patfernandes) é tão companheira que numa praia sagrada de um 31 de dezembro, lá de cima, do céu azul do verão carioca, deslumbramos um bando de  biguás que fazia desenhos em V. Linda passarada, ave aquática, também conhecida como corvo-marinho. Sim, elas cagaram nas nossas cabeças e corpinhos desnudos em uma tarde de ano novo. E como não rir da nossa cara!? 

Foto na praia, claro!


COM CHEIRO DE CAFÉ

Quando a porta do quarto se abriu veio o cheiro do café fresco da cozinha. E tem sensação melhor ao acordar? Para mim, não. Melhor ainda é acordar com a mesa posta e ter à mão uma boa caneca de café que possa dissipar o cansaço da pneumonia, descoberta há dois dias.
Vovó dizia que um café quentinho cura tudo e na casa da minha infância sempre tinha café fresco em cima da mesa, com a toalha em meia lua para quem chegasse de repente. Mamãe tinha a cara de pau de estar com sono e dizer “vou passar um café para tirar esse peso da minha cabeça”. E Diego herdou de mim e das avós a mesma paixão e quando durmo no Rio, na sua casa, acordo com o cheiro do seu café. Saio do quarto, ele me entrega uma caneca cheia de café forte, como gostamos, e acho isso lindo. 
Hoje acordei melhor que ontem. A pneumonia parece que começa a ceder a medicação. Lá fora o alvoroço dos casais de maritacas, enquanto sabiás e cambaxirras duelam seus cantos. 
Comecei este texto no dia 9 de setembro, mas não consegui terminar. Talvez o volume do trabalho misturado aos cuidados com o corpo e a mente me tomaram de assalto o tempo de escrever. Quase vinte dias depois, o pulmão reclamão está quase bom.
Mas hoje, ao acordar, teve café cheiroso entrando pela porta do quarto e resolvi tentar retomar o escrito. E cá estou para contar que o cheiro do café sendo feito pela manhã tem para mim o acolhimento de estar em casa, de família, da minha avó e mãe, do Diego-amado.
Agora, o café que cura todos os males também é acolhimento para o amor que deixei entrar meio que de repente. E sem saber muito bem falar sobre estas emoções de estar à dois, de ter companhia para dividir e somar no dia-a-dia, cá estou deixando o cheiro do café falar mais alto e, junto com os pássaros que após um longo inverso chegam na primavera, cá estou a tagarelar pela manhã com alguém que tem me alegrado os dias, que enche de música a pequena casa que escolhi morar na serra e me conquista com seu amor e sensibilidade, que conversa com as plantas e ouve o silêncio, que com sua velocidade de Papa-Léguas encantou a tartaruga que vos fala.
Com gosto e cheiro de café gostoso, gratidão ao Allfredo por ter me descoberto e por estar me cuidando e me ensinando a amar outra vez. Por saber que tenho asas, mas que podemos olhar na mesma direção para voarmos juntos nesta madura etapa de nossas vidas.
Hoje amanheceu chovendo muito, após uma longa seca por aqui. Sabiás e cambaxirras cortavam o silencio ao amanhecer, em meio aquela mesma confusão das maritacas. Hoje o barulho da chuva me acordou com o cheiro do café, com aroma da casa que gosta de dar bom dia aos passarinhos.

Foto AlmeidaOGato e Dudu, Silvana Cardoso

E viver é essa aventura

Doa a quem doer, somente os amigos falam verdades – para o bem e para o mal. Analisando por este ponto, cheguei a conclusão da uma suspeita: tenho um novo amigo e o nome dele é João.
Dias desses, estávamos brincando, imaginávamos andar de bicicleta, quer dizer, ele dirigia a bicicleta elétrica parada, e eu agarrada em sua camiseta enquanto durou o passeio. Em um determinado momento João olhou firme para mim, bem de perto, e disse:
– Sil, você tem bigode!
– Como assim João. Eu?
– Sil, tô vendo aqui ó!, enquanto o dedinho apontava para minha boca eu me contorcia para não gargalhar.
– João, você descobriu o meu segredo. Eu tenho bigodes! Herdei do meu pai, que também tinha um muito mais bonito que o meu.
João colocou a mão na boca, arregalou os olhinhos e sorriu satisfeito com a descoberta.
Costumo ter diálogos divertidos e honestos com o meu novo amigo, lhe faço limonadas e ouço suas histórias com atenção.
Aqui no sítio a vida é compartilhada e quando Joana, mãe do João, vai ao mercado me passa um “zap” para saber se quero algo da rua. Também costumamos ir juntas para a piscina ou acontece um almoço compartilhado com todos, com Nuxa e Sergio. As vezes faço o lanche aqui em casa, como era o hábito antigamente aos domingos, para Diego e seus amigos. Até hoje quando encontro os rapazes já casados, fica a tentativa de reedição do lanche da Tia Sil. E sempre era, e sempre é, divertido construir estas histórias de vida.
Outro dia li uma reportagem do Nexo com o tema “Como a arquitetura urbana pode combater a solidão”, da Juliana Domingos de Lima. Nela, reproduzo um parágrafo sobre a arquiteta Grace Kim, que tem uma pesquisa onde afirma que a solução para a solidão nas cidades não está somente nos espaços públicos, mas na maneira de habitar e na criação de vizinhanças mais coesas. Ela defende o “cohousing”: trata-se de uma “vizinhança intencional”, na qual as pessoas se conhecem e cuidam umas das outras. A ideia é que cada pessoa ou família tenha sua casa, mas compartilhe espaços significativos para a vida cotidiana. Segundo as pesquisas de Kim, quando as pessoas comem juntas, naturalmente criam laços e planejam fazer outras atividades juntas, aumentando o nível de conexão social entre elas.
E cresci vendo vovó compartilhar comida. E como vovó, gosto das amizades, das gentilezas, das trocas, e ter por perto pessoas para a vida. Como a plaquinha da foto, presente da vizinha Helen Maria, – “pela sua escolha, por uma vida simples aqui” (nome também da revista que amo). Ah, e aqui trocamos livros como antigamente.
Quanto ao meu amigo João? Bem, ele me recebeu de braços abertos quando cheguei para morar no sítio e sempre me chama para brincar, além de ser muito franco, claro. João tem quatro anos, adora minha limonada azeda e, com a sua alegria de menino, costuma gritar do seu quintal: “Silll, estou indo aí, tá?”. E viver aqui é essa aventura.
Pedro do Rio, Petrópolis, RJ, 9 de feveiro de 2019.

Link para matéria Nexo:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/12/15/Como-a-arquitetura-urbana-pode-combater-a-solid%C3%A3o?utm_source=meio&utm_medium=email

O Menino cão

Escrevi este pequeno relato de amor na segunda-feira e faço dele minha homenagem ao cão espancado em Osasco. Desejo que a sua morte possa ajudar a consolidação de leis mais severas para os muitos casos de maus tratos e abandono de animais.

O Menino cão
Hoje foi uma manhã com sol fraquinho, com trégua na chuva constante dos últimos dias. Acordei com Dudu em meio ao ritual da preguiça me chamando para levantar, mas o relógio não havia despertado. Embromei mais alguns minutos e ouvi sua barriguinha roncar de fome. Sorri e lhe desejei parabéns pelos seus três meses de vida.
E como já é fato que com o passar dos anos ficamos propensos a sermos condescendentes diante de crianças, cá estou meio avó de Dudu – sem poder ouvir um choro ou um pedido de colo que já paro tudo para atender aos seus apelos. Mas hoje conversei seriamente com Dudu sobre seu aniversário, sobre ele estar deixando de ser um bebê para ser um menino cão.
E o menino cão que se chama Dudu já sabe seu nome, ganha voto de confiança e já retorna das suas andanças no quintal, quando não encontro a ponta de suas orelhas no meio do gramado e grito: Duduuuuu!!! Ele vem correndo feliz, faço a ridícula dança do “muiiiiito bemmmmm, você vai ganhar um petiiiisco”, ele senta e garante um pedaço do bifinho industrializado.
Dudu tem máscara caramelo em volta dos olhos, orelhas de raposa, sendo o restante do seu pequeno corpinho branco como a neve. Não vai crescer muito, já que a raça Podengo Português Pequeno não passa de uns quatro quilos. Aos três meses de pura alegria, sono, fome, xixi, cocô e começa tudo outra vez, Dudu deve ter agora quase dois quilos e uns quarenta centímetros. E como todo filhote, ele é lindo!
Há vinte anos não tinha um bebê cão em casa e há quatro sem animais, pois meu último cachorro, o Cisco, virou uma estrelinha aos quinze anos, em 2014. Foi grande companheiro e sua partida me deixou sem querer bichinhos.
Percebo que algumas pessoas não conseguem entender o amor de humanos e seus animais, mas se aquele do coração mais duro der a oportunidade de um animalzinho indefeso lhe oferecer amor incondicional, deitar encostadinho ao seu lado, ou junto aos seus pés, essa pessoa vai amolecer e se deixar amar.
Foi assim que não resisti mais e Dudu entrou na minha vida. Uma revolução que hoje, aos três meses, por ser seu aniversário, fiz algumas de suas vontades, como ficar deitado no meu colo enquanto trabalho. Também expliquei que já sou uma jovem senhora, meio sedentária e muito sem fôlego para correr por toda a manhã enquanto ele foge com o brinquedo preferido – uma galinha de plástico batizada de Cocó, presente da minha nora e filho.
Sei que preciso ser mais durona, mas vou esperar mais uns dias e até combinamos hoje de colocar em prática uma resolução de ano novo: Dudu vai dormir na sua caminha aos quatro meses. Mas confesso que adoro acordar com aquele focinho geladinho do menino cão no meu rosto, quando estica as suas patinhas para o alto, barriga rosa à mostra e me solicita apenas um carinho de bom dia.
Ah, será que vou resistir?

Texto e foto, Pedro do Rio, Petrópolis, 3 de dezembro de 2018.

 

 

Carta para Miriam | Sim à Igualdade Racial

Sábado, 27 de janeiro de 2007, meio-dia, sala de embarque do Aeroporto Santos Dummont, Rio de Janeiro, Brasil. Foi neste cenário cosmopolita e data contemporânea, em um fim de semana de sol, que vivenciei uma cena que poderia ter ocorrido numa estação ferroviária no século XIX, quando os passos leves e silenciosos de uma senhorinha me chamaram atenção, com a certeza de que a vestimenta branca não era de um profissional da área de saúde. Tinha perto dos setenta anos, cabelos grisalhos, quase brancos, amarrados num coque baixo. A pequena cabeça estava adornada por uma faixa da mesma cor da sua roupa. As perninhas magras e um pouco arcadas lhe davam um ar frágil, mas ao mesmo tempo firme.
Pisava em silêncio e caminhava atrás de um veloz menino de cachinhos loiros, de uns quatro anos de idade. Mais à frente, uma moça altiva e muito branca, com idade próxima de trinta anos, também caminhava. Buscavam alguma coisa ou alguma informação entre as cadeiras, pessoas comuns dentro do aeroporto. A cena que foi se desencadeando na minha frente e me sugou – a senhorinha negra e miúda estava ali: era a babá, a mucama do pequeno veloz. Provavelmente herança da mãe daquela moça branca que caminhava com ela pela sala do aeroporto num fim de semana de sol.
Olhei bem para o seu rosto e fiquei imaginando os filhos que aquela senhorinha não teve, mas quantos ela embalou, amamentou/alimentou e cuidou no seio daquela família. Sua imagem serena, sem expressão de angústia ou descontentamento, me mostrava uma vida inteira conformada com a sua condição de “escrava de estimação”. Pensei que seus olhos pequenos e já cansados viram muita gente partir, mas não da sua família; suas mãos duras e firmes lavaram muita roupa, fizeram muitos bolos, doces e carinhos, mas não entre os seus. Ela caminhava, em silêncio, atrás daquele menino. Depois, sentou ao seu lado e, com carinho de quem cuida, arrumou sua roupinha, ajustou o cadarço dos seus sapatos e ali ficou, quieta, ao lado do seu sinhozinho.
A emoção da cena me levou às lágrimas, ali sentada, vendo pessoas comuns no aeroporto. Lembrei de você imediatamente, minha amiga. Lembrei do meu filho, descendente de negros e índios, que aos nove anos ganhou o apelido de Chocolate na escola. Pensei em muitas situações que vivi com minha comadre, também negra, que me ajudou a dar conta de ser mãe e profissional. Fiquei ali na mea-culpa por um dia também ser parte da estatística de empregar pessoas negras, mesmo que ela fosse minha comadre, mesmo que ela tenha estudado, mesmo que eu não a tratasse com diferenças.
A diferença existe e ainda haverá muita culpa para se carregar neste mundão afora. Sabemos que o preconceito ainda mora ao lado, que a falta de oportunidades ainda é gritante, que a miséria ronda o nosso povo e ainda temos muitas mucamas e sinhozinhos espalhados pelo Brasil.
E agorinha, dez anos após aquela cena no aeroporto, li há pouco o relato de uma amiga branca e descendente de japoneses, residente nos Estados Unidos. Estava emocionada como eu naquele dia, revoltada como eu naquele dia. Comentava o diálogo que havia tido com um rapaz negro, dentro de um supermercado americano. Agradecia a ela por ter falado com ele naturalmente, como uma pessoa comum, já que por ali todas as pessoas o enxergavam como um pária, um indigente, quase um marginal. Século XXI, junho de 2017. Alô, mundo! Alô, mundo! Eu te pergunto: por mais quanto tempo vamos carregar essa herança maldita da escravidão, da diferença entre os povos?
Por isso te escrevo, para pedir que você mantenha viva a sua coragem de mulher negra. E não desista, minha querida Mi, estamos juntas. Um beijo imenso. Silvana

Foto de Silvana Cardoso: a amizade de Dindi e Tonha, abril 2017

Papai Noel existe na Vila Encantada de Natal | Valoração Clipping 1 milhão

Por vezes penso que melhor mesmo é acreditar que Papai Noel existe. Não como a piada, mas como criança de coração puro que acredita num velhinho que desce pelo telhado com roupas de escaldar, num verão de matar, para deixar presentes e perguntar se naquele ano foi um bom filho, um bom aluno, um bom amigo. Tenho lembrança de um Natal em especial, que ganharia uma boneca grande, que naquele ano Ele ia deixar na janela do quarto dos meus pais. Foi tenso, mas lembro de toda a ansiedade do dia e do presente: a boneca que só me desfiz quando casei. Lembrei do Dindi, meu afilhado então com três anos,  balançando a cabeça para o nosso Papai Noel que a cada resposta certa deixava ele receber um presente. Um Natal emocionante para todos nós ano passado, na casa de Diego e Carol.
Mas agora, após um ano desafiador, me deparo com um  trabalho “de Natal”, com uma foto que desmonta a dureza do dia a dia desses doze meses e, de repente, podemos dizer: é Natal graças a Deus! E assim é bom pensar que podemos renovar as esperanças, fazer listas que deixaremos de cumprir, mas tudo bem pensar que vamos acreditar um pouco mais em nós mesmo, no outro e vamos chamar para sair de dentro do coração a vontade de deixar o outro feliz. Ser amor no mundo.
Assim chegou do Ceará a Vila Encantada de Natal. Veio para inundar de alegria, em praças públicas, crianças de Caxias, Itaboraí, São Gonçalo, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia, a partir de hoje, em dois fins de semana, com oficina de enfeites natalinos, cinema, teatro e a vontade de unir as pessoas fora do eixo turístico da capital – uma realização corajosa do Grupo Manga, com o patrocínio da Enel.
E, por conta de estar envolvida no trabalho com a “Vila”, percebo que hoje estou muito mais animada para renovar minha fé em 2018. E que assim seja para todos nós.

Projeto em parceria com Ana Paula Romeiro
Foto: Grupo Manga
Clipping: https://drive.google.com/open?id=1jtVCCpM9R3hv81qPTD4RxwLFlhQ9HvW5

Julieta Venegas | Parte Mía Tour 2017

Nos idos de maio de 1996 recebi a ligação de uma moça que dizia ser indicada para trabalhar comigo. Dias depois conheci Ana Paula Romeiro e, iniciamos, no dia 1 de junho daquele ano, com a criação do Depto de Imprensa do Metropolitan, o que considero o começo do que foi o início do resto de nossas vidas em parceria: como profissionais com reconhecimento; pela resistência de trabalharmos até 16 horas por dia; por uma amizade que rende até hoje. Um ano após ela se foi para a BMG, mas estivemos juntas nestes 21 anos – em casamentos, separações, filhos, cães, gatos e um reencontro na mesma equipe em 2010, que durou por quase cinco anos, com o projeto Kid Abelha 30 Anos.

E onde entra a Julieta Venegas? Pois bem, após um bom período sem trabalharmos juntas Ana me convidou para fazermos o show da mexicana no Vivo Rio, no dia 21 de julho. Além de me deixar muito feliz por retornarmos com a parceria, vou gastar meu espanhol com a equipe da multi-instrumentista. Me encanta!

 

Projeto em parceria com Ana Paula Romeiro

Foto: Josefina Urondo

Clippinghttps://drive.google.com/open?id=0Byou4MpvKtcTVXhDMnl3QWdHUlk