Estou bem e mal, mas tentando dar conta. A certeza quase infantil de que a vida corre sem que tenhamos que prestar tanta atenção nela. Aquele olhar distraído, para não voltar a ser adulto e querer sair correndo. E sorrio enquanto transbordo em ideias, tristezas, lembranças e alegrias. Assim, tudo misturado mesmo, sabendo que sou adulto, que não posso me levar muito a sério, mas que sou adulto e não vou colocar questões embaixo do tapete. Falei quase distraída numa conversa de WhatsApp.
E se a culpa é da pandemia, a falta de perspectiva é a pandemia, a ignorância é a pandemia, enfim, agora a culpa é da pandemia. E com tudo que envolve o hoje e o agora eu pergunto como se fosse criança: então por que não nasci em um lugar mais justo? Custava nascer em um país desse civilizado, tipo a Nova Zelândia? Ter trabalho, segurança, ver pessoas sendo respeitadas como seres humanos? Ok, meu filho teria que ter nascido lá também, só para ficar bem explicado esse negócio. Vai que eu durmo e acordo na Nova Zelândia, sem filho. Como sem filho se já vivi mais tempo sendo mãe do Diego que comigo mesma.
Mas quando transbordo vale tudo e estar perto de mim pode ser intenso, como escreveu uma amiga numa definição para um texto meu que ela publicou. Mas é só inquietude de fazer e ver feito, de amar e ver amado, de andar por ai e enxergar, de criar asas mesmo estando trancada no meu jardim.
Não importa, quando transborda sobra para todos os lados e todos os lados que olho vejo que há conserto, há como arrumar e aparar umas arestas. Inquieta, eu? Não. Percebo que acredito, que é melhor que ter esperança, que vem de esperar.
Costumo fazer e gosto de companhia, mas se não tenho, vou fazendo sozinha mesmo porque gosto de andar por ai comigo e meus pensamentos voam como os sabiás aqui do sítio.
Transbordo todos os dias com a vida que vibra e pulsa, sabe? Dá uma chacoalhada boa quando acordamos e olhamos verdadeiramente para dentro e para fora, como uma criança. Experimenta, vai?
Na foto, a criança que às vezes ainda me habita. Na trilha, minha diva inquieta Nina Simone, com Ain’t Got No, I Got Life. https://www.youtube.com/watch?v=L5jI9I03q8E

Transbordemos! E q nossas crianças ocupem mais espaço em nós.
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Ah amiga, a criança leve e feliz sempre estará dentro de nós. Um beijo,
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Minha Irmã, Prima, Amiga querida.
Amo seus textos!!
Nem havia lido seu texto ainda e ontem, peguei aquela foto de quando eramos crianças e me deu uma saudade enorme.
Que Deus continue iluminando sua mente para que você esteja sempre nos presenteando com seus textos lindos.
Parabéns!!!!!!!!!!!!
Te Amoooooooooo ❤
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Ah prima, minha conchinha, obrigada por me incentivar a continuar a escrever, minha leitora. Estamos e estaremos sempre de mãos dadas, como na nossa foto preferida. Um beijo imenso e saudoso daqui,
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Oi minha prima e leitora querida, jurava que havia te respondido a este lindo comentário.
Obrigada por suas palavras, sua parceria e amor. Estaremos sempre juntas. Amo nossa fotinha. Beijosss
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