Hoje acordei sem pressa alguma. Acordei sentindo os sentidos do anterior: os aromas e fluidos, os suores e sabores que passeavam por aqui e ali enquanto eu despertava. Manhã ainda com o gosto do café, da saliva, do corpo, misturado ao chocolate. Hoje poderia ser um dia sonolento e preguiçoso, por estar devidamente ocupada com o despertar silencioso e lento. Queria cantar Chico, queria Samba e Amor.
Na gentileza de um café com espuma de leite, de chocolate com laranja, de beijos molhados e laços, em comunhão, perdura. Entre o vigor e a delicadeza, a boa música, os sorrisos, o cansaço e-mais-e-mais-e-mais, no braço do sofá, dentro, permanece ainda.
Hoje acordei com preguiça, com vontade de só estar por aqui e ali, sem pressa, com o banho e a delicia do espectador das minhas bobagens e pedidos, todos atendidos com a leveza da simples doação e a plena aceitação de quem quer receber.
Sem procurar as palavras e, na falta delas, busco os sentidos e neles calo, liberto: o que comove com o gostar do que não tem nome, nem rótulos. Sutil encontro, de gosto gostoso de aromas e sabores que infinita a noite a manhã e o tempo. Sútil encontro de gosto gostoso de aromas e sabores que infinita a noite a manhã e o tempo.
Rio de Janeiro, 30 de julho, 2009
Foto: Silvana Cardoso | Recreio dos Bandeirantes, RJ
Li pra fora, e fui tocada aqui dentro. A fotografia lindíssima, e o texto tao verdadeiro. Me fez respirar fundo. só me resta agradecer e solicitar que não deixes de postar. Consegues através da escrita alcançar corações.
Meus Parabéns! +1 seguidora. 😀
CurtirCurtido por 1 pessoa
Ah, que lindeza de comentário. Me acordou feliz as suas palavras. Um beijo,
CurtirCurtido por 1 pessoa
♥
CurtirCurtir